20/04/2010

O rio e o Vale



Jequitinhonha, que nasce em Diamantina,
corre pelo vale, vai até o mar,
trazendo esperança, ao vale terra santa, Jequitinhonha...
Ê canoeiro, ê canoá, vamos navegar...

19/04/2010

Do contra


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16/04/2010

Importância da leitura


As tecnologias do mundo moderno fizeram com que as pessoas deixassem a leitura de livros de lado, isso resultou em jovens cada vez mais desinteressados pelos livros, possuindo vocabulários cada vez mais pobres.

A leitura é algo crucial para a aprendizagem do ser humano, pois é através dela que podemos enriquecer nosso vocabulário, obter conhecimento, dinamizar o raciocínio e a interpretação. Muitas pessoas dizem não ter paciência para ler um livro, no entanto isso acontece por falta de hábito, pois se a leitura fosse um hábito rotineiro as pessoas saberiam apreciar uma boa obra literária, por exemplo.

Muitas coisas que aprendemos na escola são esquecidas com o tempo, pois não as praticamos, através da leitura rotineira tais conhecimentos se fixariam de forma a não serem esquecidos posteriormente. Dúvidas que temos ao escrever poderiam ser sanadas pelo hábito de ler, talvez nem as teríamos, pois a leitura torna nosso conhecimento mais amplo e diversificado.

Durante a leitura descobrimos um mundo novo, cheio de coisas desconhecidas.
O hábito de ler deve ser estimulado na infância, para que o indivíduo aprenda desde pequeno que ler é algo importante e prazeroso, assim com certeza ele será um adulto culto, dinâmico e perspicaz. Saber ler e compreender o que os outros dizem nos difere dos animais irracionais, pois comer, beber e dormir até eles sabem, é a leitura que proporciona a capacidade de interpretação.
Toda escola, particular ou pública, deve fornecer uma educação de qualidade incentivando a leitura, pois dessa forma a população se torna mais informada e crítica.

Por Eliene Percilia

12/04/2010

Beira Mar Novo (Canção do Vale do Jequitinhonha)



Beira mar, beira mar novo
Foi só eu é que cantei
Ô beira mar, adeus dona
Adeus riacho de areia.

Vou remando minha canoa
Lá pro poço do pesqueiro
Ô beira mar, adeus dona
Adeus riacho de areia

Arriscando minha vida
Numa canoa furada
Ô beira mar, adeus dona
Adeus riacho de areia

Adeus, adeus, toma adeus
Que eu já vou-me embora
Eu morava no fundo d'água
Não sei quando eu voltarei
Eu sou canoeiro

Eu não moro mais aqui
Nem aqui quero morar
Ô beira mar, adeus dona
Adeus riacho de areia

Moro na casca da lima
No caroço do juá
Ô beira mar, adeus dona
Adeus riacho de areia

Adeus, adeus, toma adeus
Que eu já vou-me embora
Eu morava no fundo d'água
Não sei quando eu voltarei
Eu sou canoeiro

Rio abaixo, rio acima
Tudo isso eu já andei
Ô beira mar, adeus dona
Adeus riacho de areia

Procurando amor de longe
Que de perto eu já deixei
Ô beira mar, adeus dona
Adeus riacho de areia

Adeus, adeus, como adeus
Que eu já vou-me embora
Eu morava no fundo d'água
Não sei quando eu voltarei
Eu sou canoeiro

Trabalho apresentado na disciplina: Oficina Pedagógica com a orientação da professora Débora Baião - Escola de música da Universidade do estado de Minas Gerais (UEMG)
Curso de Lincenciatura com Habilidade em educação Musical escolar -LEM
Alex (violão/voz), Elmo(pandeiro), Juliana (voz), Pablo(piano/voz), Rosana (violino/voz).

11/04/2010

QUEREMOS RESULTADOS - Gustavo Ioschpe

No campo da Educação, as críticas são rebatidas com um movimento-reflexo de culpabilização de terceiros.

Seu filho vai ser operado do rim em um hospital público e, em vez disso, lhe operam o fígado. Erro médico grosseiro. “Não venha colocar a culpa em mim!”, diz o médico. “Ganho um salário miserável, faço plantão em dois hospitais. Estou fazendo um curso de especialização porque amo essa profissão. É fácil reclamar, mas você não sabe como é trabalhar em um hospital superlotado, onde faltam leitos e remédios, em que o diretor não está nem aí. Sem falar nos governantes... E também o seu filho estava tão mal nutrido e mal cuidado que o rim dele estava com a maior cara de fígado. Com uma conjuntura dessas, como você pode reclamar do resultado da operação?! Exijo respeito!”
Se eu encontrasse um médico desses na minha frente, provavelmente lhe arrancaria o fígado e os rins. Não estou muito interessado nas agruras e esforços daqueles que tratam da minha saúde e dos meus familiares. Quero apenas resultados. O caso acima não aconteceu. É apenas um símile da educação brasileira, que não é apenas ruim ou digna de país subdesenvolvido: é uma das piores do mundo. E seus artífices são principalmente os professores, assim como na saúde são os médicos. Mas, no campo da educação, as críticas são rebatidas com um movimento-reflexo de culpabilização de terceiros.
A aula não dá certo porque o aluno é indisciplinado e preguiçoso, os pais são pobres e burros. Não ocorre que o aluno possa ser dispersivo e desinteressado porque não é comprometido, porque se interessa por muitas coisas menos por levar a sério o seu processo de aprendizagem, porque ele recebe um ensino ruim, porque o professor usa dinâmicas pedagógicas enfadonhas e atrasadas e frequentemente tem baixo domínio do conteúdo. Quando essas possibilidades são aventadas – e, em realidade, são mais do que possibilidades: são verificadas em vários estudos, pesquisas e censos - o professor culpa a tudo e a todos pelo fracasso escolar, e ainda indigna-se que alguém que não dá aula tenha a pachorra de colocar o dedo na ferida.
O professor de colégio público, por exemplo, é um servidor público e deve sim satisfações a quem paga o seu salário por meio de impostos e delega ao magistério uma tarefa cujo resultado também tem fortes conotações públicas, que é a formação das gerações futuras. A sociedade brasileira começa a acordar para o desastre que é a nossa educação e o comprometimento dos nossos estudantes. Começa a entender que melhorá-la significa requalificar os professores, exigir resultados, interferir nos currículos de cursos de Pedagogia e Licenciaturas, que os materiais didáticos sejam usados, exigir diretores competentes, demandar que a carga horária e a disciplina sejam cumpridas, que professores não faltem e não se atrasem e sejam rigorosos com os alunos que tratam as aulas com descaso e desdém.
O professorado, demais profissionais da Educação e estudantes podem e devem ser grandes aliados nessa batalha, mas só serão parceiros quando notarem que a Educação brasileira não vai bem e que, em muitos casos, eles não desempenham bem os seus papéis.Nesse momento, tenho certeza de que todos os brasileiros de bem darão as mãos aos professores e construirão um sistema de ensino melhor, junto. Enquanto persistirem, professores e alunos no seu auto-engano, na sua impermeabilização frente à realidade, a sociedade os perceberá cada vez mais como o médico do exemplo acima, e todos nós continuaremos pagando o pato.

(Texto adaptado revistaeducacao.uol.com.br/textos/2007)